10/06/2009

Parabéns!! (um pouquinho atrasados)

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Nervoso, explosivo, azarado, preguiçoso, teimoso e, ao mesmo tempo, muito encantador. Donald Fauntleroy Duck, o Pato Donald, chegou aos 75 anos ontem, dia 9 de Junho.


Foi em 1934 que o famoso personagem fez sua primeira aparição nas telas com o desenho animado A Galinha Sábia, onde apesar da tradicional roupa de marinheiro e da esganiçada voz, não continha ainda as características de personalidade que o tornariam tão famoso. A animação foi um tremendo sucesso e Donald apareceu em outro desenho ao lado do Mickey Mouse, onde se irritava ao extremo ao tentar declamar um poema e era atrapalhado pelas crianças.


Os seus três sobrinhos, Huguinho, Zezinho e Luisinho, apareceram pela primeira vez nas tirinhas em 1937. Primeiramente, eles eram endiabrados, depois transformaram-se em comportados escoteiro-mirins. A eterna namorada de Donald, Margarida, surgiu em 1940 em um desenho chamado Mr. Duck Steps Out.


Ainda em tempos de guerra, o sucesso do Pato Donald foi tão grande que, mesmo com a proibição da publicação de personagens americanos nos países do Eixo, ele continuou a ter uma revista na Itália - Benito Mussolini era um fã confesso. Os italianos são, até hoje, um dos grandes produtores de aventuras do pato (junto aos holandeses e dinamarqueses).


Recentemente, o desenhista americano Don Rosa estudou todo o trabalho de Carl Barks e conseguiu criar uma consistência histórica na cronologia dos patos ao contar toda a vida e glória do Tio Patinhas. Nessa história, vemos que Donald é filho de uma das irmãs do multimilionário, Hortência, com Patoso, filho da Vovó Donalda, e tem uma irmã gémea, Dumbella, que é a mãe de Huguinho, Zezinho e Luisinho. Aliás, é engraçadíssimo quando os pais de Donald se encontram, pois ambos são extremamente stressados e só se acalmam quando estão juntos, o que explica o comportamento explosivo do pato.


Mais de 200 filmes e milhares de tirinhas e histórias depois da sua estreia, Donald é um dos grandes ícones modernos. É identificado por ser explorado pela família, esforçar-se muito e nunca sair do lugar ou conseguir ser bem-sucedido e também ferozmente atacado pelo escritor chileno socialista Ariel Dorfman em Para Ler o Pato Donald. Mas o pato nunca perdeu sua majestade. E hoje, mais do nunca, merece um grande e sonoro QUACK!

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